Entre os dias 10 e 13 de setembro de 2024, a cidade de Salvador (BA) recebe a 56º edição do Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, o maior congresso de medicina diagnóstica laboratorial da América Latina. E o EUROInstitute, braço do EUROHub dedicado à geração do conhecimento científico, estará presente com a apresentação de cinco trabalhos inéditos em pôsteres.
“O EUROInstitute, a partir de parcerias com clientes da EUROIMMUN Brasil e de universidades, está gerando cada vez mais dados que podem auxiliar a condução de monitoramento epidemiológico, além de informações científicas relevantes para a condução do diagnóstico de pacientes. Nosso objetivo permanece sendo o de trazer mais instruções e alternativas dos quais os laboratórios de análises clínicas possam se beneficiar”
Dr. Michel Soane, gerente sênior de assuntos científicos da EUROIMMUN Brasil
Michel Soane, gerente sênior de assuntos científicos da EUROIMMUN Brasil, estará no Congresso e enfatiza que o ecossistema de saúde se beneficia com a junção de diferentes autores: “Hoje, o EUROHub, por meio do EUROInstitute, está unindo o nosso laboratório com clientes e universidades para promover a ciência. E cada vez mais é preciso incentivar esse tipo de troca e cooperação”.
Além da apresentação dos estudos científico, a EUROIMMUN Brasil estará presente no evento, na área de expositores, para receber clientes e parceiros. Para mais detalhes do Congresso, acesse: https://cbpcml.org.br/
Conheça agora os temas de cada um dos cinco estudos realizados pelo EUROInsitute, muitos deles em parceria com clientes e universidades:
Um estudo soroepidemiológico. O boletim epidemiológico do Ministério da Saúde trouxe o alerta: em 2024, o pico de casos de dengue, zika e chikungunya no Brasil foi precoce: ao invés de os números aumentarem em março, como esperado, já durante o mês de janeiro os casos explodiram. Tendo isso em mente, o estudo realizado pelo EUROInstitute em conjunto com a DB Diagnósticos, cliente da EUROIMMUN Brasil, analisou 117.909 amostras do laboratório, que atende o país todo, e os dados encontrados corroboram os resultados apontados pelo Ministério da Saúde em termos de um aumento expressivo da incidência dos arbovírus no Brasil. “Isso mostra a necessidade de ações de vigilância, até mesmo do ponto de vista sorológico”, enfatiza Michel Soane. Para os próximos trabalhos, devem ser analisados também vírus emergentes, como Mayaro e Oropouche, além da análise dos casos no Rio Grande do Sul, por conta das enchentes.
Este é um trabalho educacional interno, realizado pela EUROAcademy, que analisa o impacto das equipes científicas e as qualifica dentro do ambiente corporativo. Tais equipes atendem os laboratórios e consequentemente influenciam a qualidade do diagnóstico oferecido aos pacientes. Portanto, elevando o conhecimento desses times, eleva-se a excelência. “E tudo isso tem sido possível disseminando o conhecimento técnico-científico na própria equipe da EUROIMMUN Brasil, por meio do Programa Black, pensado em uma didática de ensino construtivista e com um programa de reconhecimento profissional e análise de eficácia de cada colaborador”, descreve Soane. A continuidade desse trabalho é o Programa de Desenvolvimento Técnico-Científico destinado aos distribuidores, que acabou de ser lançado.
O objetivo foi o de analisar a precisão interlaboratorial do kit My Food Profile, da EUROIMMUN Brasil. Para tanto, algumas amostras foram coletadas e enviadas para uma análise dos 216 parâmetros do kit em três laboratórios distintos: o da própria EUROIMMUN Brasil, que possui certificação PALC, e outros dois laboratórios comerciais. E o resultado foi um coeficiente de correlação acima de 0,95 entre os três laboratórios, o que demonstra uma excelente reprodutibilidade do método mesmo quando realizado em diferentes laboratórios. “Isso significa que, independentemente de onde o teste for realizado, desde que o método esteja bem implementado, o resultado será o mesmo”, diz Soane.
Mais um trabalho realizado com o kit My Food Profile, da EUROIMMUN Brasil, mostrou que o leite e seus derivados são os alimentos com a reatividade mais elevada para sensibilidade alimentar em pacientes de São Paulo. Dos 216 alimentos testados em anticorpos IgG, os dez mais frequentes foram: leite de vaca, iogurte, caseína, farinha de trigo, queijo, farinha de centeio, queijo ementhal, clara de ovo, mix de cogumelos e glúten. “Esses dados são interessantes porque demonstram uma perspectiva de frequência, nos ajudam a entender melhor a dinâmica da sensibilidade alimentar e suscitam novos questionamentos, como, por exemplo, se os achados se aplicam à sensibilidade alimentar do Brasil inteiro”.
O estudo, realizado em parceria com a Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS) e com alunos supervisionados pela professora Patrícia Montanheiro, avaliou se os resultados dos testes em soro e papel filtro (DBS) eram correspondentes. A resposta foi positiva. Os resultados com as duas metodologias mostraram um valor acima de 99% de concordância, com coeficiente de correlação de 0,94. “Isso significa que, estatisticamente falando, os resultados com amostras em soro ou papel filtro (DBS) não apresentam diferenças significativas. Pensando em populações remotas e na adoção do teste em pré-natal, a facilidade do uso de DBS, que não precisa de refrigeração, pode ajudar a expandir o diagnóstico desta doença”, conta Soane.